Esta história de morar em uma residência onde as pessoas ficam só por um tempo, é um eterno redescobrir coberto de saudades.
Em Aveiro desde meados de 2009, minha casa já recebeu algumas pessoas que fazem falta. Já passaram franceses, búlgaras, espanhóis, suecas, brasileiras... tem por lá uma coreana e um casal português no momento.
Tem gente que não faz falta, em compensação outros fazem muita. Cada pessoa é única e deixa sua marca, e eu vou ficando com amigos como herança. Cada um que aporta por aqui é uma expectativa, tive sorte até agora, na maioria das vezes são pessoas magníficas.
Cada um com seus dramas, dores e sorrisos.
Cada um com uma maneira toda especial de ser e de fazer acontecer.
Vidas mudando e virando de cabeça para baixo.
Pessoas saindo com olhos mareados sem saber o que é maior dentro de si: ir ou ficar.
Hoje foi mais uma embora... Espero sempre que a próxima pessoa seja um pouquinho do que as outras foram… vou aguardar Abril quando mais uma ocupará um quarto na Travessa do Dispensário e que seja bom enquanto dure e mais uma despedida aconteça.
Será que quando for minha vez de partir meus olhos ficarão mareados? Podem até ficar mas por pouco tempo, as lágrimas tomarão conta mesmo quando eu aportar de vez no meu cantinho… e falta menos do que faltava :)
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Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
Diz quem fica
Me dê um abraço, venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero
Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar
E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também de despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida
Um comentário:
ôh, Raquelzita, sabes bem captar os momentos e as sensações... É isso, cada um com seus dramas e emoções. Não sei o que virá, mas sei que esse período na Trav. do Dispensário, ainda que curto, foi um divisor de águas na minha vida. E tu estavas lá, fizeste parte de tudo, me ajudaste, me aconselhaste e me abraçaste quando tive os olhos mareados...
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