• Direção:Gene Kelly, Stanley Donen
• Roteiro:Adolph Green, Betty Comden
• Gênero:Comédia/Musical/Romance
• Duração: 103 minutos
• Roteiro:Adolph Green, Betty Comden
• Gênero:Comédia/Musical/Romance
• Duração: 103 minutos
A trama, bastante similar ao filme francês Étoile sans lumière, estrelado por Edith Piaf
em 1946, tem como personagem principal Don Lockwood (Kelly), um
popular astro do cinema mudo que precisa se adaptar a chegada do som
(qualquer semelhança com O Artista
também não é apenas coincidência). Suas raízes como cantor e dançarino
de teatro de revista facilitam sua transição, mas o mesmo não acontece
com seu par romântico nas telas, a estridente Lina Lamont (Jean Hagen). Com o estúdio determinado a transformar sua última produção em um filme falado, The Dueling Cavalier, é o melhor amigo Don, Cosmo (Donald O'Connor), quem sugere que a aspirante a atriz Kathy Selden (Debbie Reynolds, a mãe da Princesa Léia, Carrie Fisher) duble a desafinada Lina.
Dentro dos conflitos mudo versus falado surge o humor,
inspirado por histórias reais do período de transição. A apresentação
do sistema Vitaphone de cinema falado, por exemplo, que não impressiona
seus espectadores (como aconteceu com a demonstração do inventor Lee DeForest para o Phonofilm, em 1921); o êxtase em torno do primeiro longa-metragem falado, O Cantor de Jazz (The Jazz Singer,
1927); a dificuldade dos atores falarem em direção aos microfones
escondidos em objetos de cena; a inadequação do roteiro mudo, que
transforma uma cena em que Don se declara a Lina em comédia (em
referência a uma cena do ator John Gilbert em seu primeiro filme falado, His Glorious Night,
de 1929); a necessidade da contratação de um técnico vocal para os
atores; e, finalmente, a revelação da verdadeira estrela do filme,
Kathy, quemostra a um cinema lotado a voz estridente de Lina.
Ironicamente, o maior musical da história do cinema tem apenas uma canção original, "Moses Suposes",
com letra de Comden e Green. Nem mesmo sua canção-título era novidade,
já tendo sido usada em diversas produções, sendo a primeira vez em The Hollywood Revue of 1929, um dos primeiros filmes falados da MGM (e que mais tarde apareceria como parte importante de outras produções, como Laranja Mecânica (1971), de Stanley Kubrick). Outra canção, "Make 'em Laugh", mesmo que tecnicamente original, não passa de um plágio de "Be a Clown" de Cole Porter, usada em outro musical produzido por Freed e estrelado por Kelly, O Pirata (1948).
Violações da propriedade intelectual à parte, o número musical interpretado por O’Connor é um dos momentos que transformaram Cantando na Chuva em um clássico. A cena, uma mistura de comédia clown
com sapateado acrobático, parece ter sido improvisada, sem qualquer
ensaio anterior, tamanha a espontaneidade dos movimentos do ator – que
depois das filmagens precisou ser hospitalizado, já que seu pulmão
consumido por quatro maços de cigarro ao dia não resistiu ao esforço.
Para gravar a cena em que canta e dança na chuva, Kelly também precisou
superar adversidades, como uma febre de 39°e um terno encolhido pela
mistura de leite e água usada para realçar a chuva. Cota de dor que
também coube a Reynolds – os pés da atriz sangraram de tanto sapatear
na gravação da sequência de "Good Morning".
Nada disso, é claro, pode ser visto em cena. O que transforma Cantando na Chuva em
um dos melhores musicais da história do cinema é o sentimento, por
vezes bobo, de uma alegria autêntica, quase infantil. O filme, feito
com certa liberdade graças ao prestígio recebido por Kelly em Sinfonia em Paris,
carrega um tom de improviso que nos aproxima dessa realidade paralela
onde pessoas cantam e dançam para expressar sentimentos e problemas.
Fica impossível, então, não se lembrar da famosa cena quando se estiver
por aí, caminhando feliz, e começar a chover.
fonte:http://omelete.uol.com.br/cinema/cantando-na-chuva-faz-60-anos/
• Sinopse: Don Lockwood e Lina Lamont
são dois astros do cinema mudo que, com a chegada do som, devem fazer a
transição também em suas carreiras. Enquanto Don se sai muito bem, Lina
se aproveita o quanto pode de Kathy Selden, uma jovem que sonha em ser
atriz, mas tem que trabalhar como escrava dublando a péssima voz de
Lina. Quando Don se apaixona por Kathy, decide fazer de tudo para que o
talento da amada seja finalmente reconhecido.
Meu comentário: Amo musicais e este é um deles que posso assistir sempre que estiver passando na tv. Gosto da ingenuidade do cinema da época, a leveza dos personagens nos musicais. Os números de dança são perfeitos, coisas que hoje não existe mais. O sincronismo entre os atores é perfeito, fazendo que as cenas nos deixem estadiados. Claro que a maioria das pessoas alguma vez na vida já viu a cena de Gene Kelly dançando na chuva, mas o filme vai muito além desta cena e vale a pena conferir.
Eu tive meu momento "Singing' in the rain" na Disney em Paris =)
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