Teve épocas que o café das 4 era sagrado. Quatro horas, nem mais, nem menos. Sessão da tarde rolando na TV. Às quatro horas a chaleira chiava, o cheiro de café passado se espalhava. Lá estavam eles: Delbrai e Edenir. Ela fâ do café com leite, ele adepto do café preto. Café Melita quase sempre, vez ou outra resolviam experimentar outra marca, mas voltavam para o Melita extraforte.A mesa era sempre posta: toalha existente desde que me conhecia por gente, a xícara com morangos do vô e a caneca com flores da vó, minha xícara marrom. Essas canecas ainda existem na casa da minha mãe... O café era simples mas todo dia com muito amor. Tinha dias que a vó fazia ovo mexido, outros tinha queijo, presunto ou uma boa mortadela. Minha Hellmans também sempre estava lá. O pão tinha chegado ou pela manhã ou o vô tinha ido buscar para o café das quatro...
O cheirinho de tudo isso em conjunto me faz falta, o cheiro de uma época que não pode voltar.
Outro café que me faz falta é o de final-de-semana pela manhã. Ligar para a Deie e perguntar se tinha pão, se a resposta fosse negativa eu ia comprar antes de ir lá outras vezes ela já tinha comprado. Pão fresquinho de sábado demanhã... não tem preço... Presunto cortado fininho da Zum zum, café em famíla: eu, a Deie e a Laís... Esse café eu ainda posso ter... Espero tê-lo por muitos anos...
2 comentários:
Tão fofo como vc conta as coisas.
Lembrança boa minha, quase uma âncora necessária é café com leite adoçado com açúcar que minha avó fazia à tarde pra mim. Com minha mãe não tínhamos o hábito do café da tarde, na casa da minha avó que raramente eu ia tinha café com leite adoçado e pão com manteiga =)
Deve ser coisa de vó o café da tarde então heheh... Mas minha mãe tb toma café da tarde :) Bom lebrar coisa felizes né?
Saudades Má!
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